domingo, 26 de setembro de 2010

Um carro para cada dois habitantes



No Dia Mundial sem Carro, 22, tempo chuvoso fez com que poucos abrissem mão do automóvel


Trânsito intenso nos horários de pico, em frente às agências bancárias, nas escolas, na Silvio Sanson e nos pontos centrais, são uma constante. Assim foi o 22 de setembro, Dia Mundial Sem Carro, em Guaporé. A proposta é de uma movimentação visando chamar a atenção para a questão da preservação ambiental, e também para a violência no trânsito, e para a quantidade cada vez mais elevada de veículos circulando ao mesmo tempo, tornando grandes centros, verdadeiro caos. A cidade, apesar de considerada pequena em comparação às capitais, já registra inúmeros problemas envolvendo motoristas, pedestres e a frota.
Apesar disso, pelas ruas, nada mudou. Prejudicada pela chuva, que caiu de forma intensa durante toda a quarta-feira, a mobilização não se fez sentir. Infelizmente, a motivação por nobre causa não foi suficiente para que os motoristas fizessem um esforço em enfrentar um dia chuvoso, à pé.
No ano que vem, a data se repete, e o Informativo Regional, desde já, incentiva a comunidade a ser parte atuante na defesa de uma cidade organizada, com ar puro e natureza preservada para as futuras gerações.

Em todo o mundo


 
Todo dia 22 de setembro, milhões de pessoas ao redor do mundo comemoram o Dia Mundial Sem Carro. A mobilização é um exercício de reflexão sobre a dependência e o uso (muitas vezes) irracional dos automóveis em nossa sociedade. Afinal de contas, tem gente que não vai até a padaria da esquina sem usar o carro.
A ideia principal do dia é fazer com que as pessoas pensem um pouco sobre o estilo de vida que levam, sobre a possibilidade de diminuírem o uso do carro (em face do trânsito congestionado enfrentado nas cidades), ou mesmo, se possível, em substituir o automóvel por outro meio de transporte.


Economia aquece e frota aumenta



Apesar de Guaporé ser uma das poucas cidades do Brasil projetadas, exibindo avenidas e ruas bem traçadas, o trânsito começa a apresentar alguns problemas. Por muitas ruas apresentarem buracos, a maioria dos motoristas opta por algumas vias principais, que nos horários de pico congestionam, principalmente em dias de chuva. Com a facilidade de financiamentos e devido ao poder aquisitivo da população, Guaporé aumenta a cada dia sua frota de veículos. Hoje, a média é de um veiculo a cada dois habitantes. Estima-se que em 2014, se o transporte coletivo não for incentivado, será um veículo para cada 1,7 habitante.


Evolução da frota



Os números apontam um crescimento de 53,75% de janeiro de 2001 até dezembro de 2008. No início do século XXI, o município possuía 6.448 mil veículos. A cada doze meses os números aumentam na proporção de aproximadamente 6%. Através de cálculos próprios, se a taxa de crescimento se mantiver, em cinco anos a frota guaporense será de aproximadamente 15 mil veículos.
 

Arda em quem arder


Vereadores aprovam projeto destinado aos menores de 14 anos

Nas duas sessões ordinárias realizadas na Câmara de Vereadores de Guaporé, na segunda-feira, dia 13, o projeto de lei municipal, que proíbe a entrada de pré-adolescentes de 14 anos ou menores, da meia noite às 6h, em bares, casas noturnas ou qualquer outro estabelecimento que venda bebidas alcoólicas, foi aprovado por unanimidade. Apesar de reconhecerem que a fiscalização será o principal problema, os legisladores acreditam que a lei devolverá a autoridade perdida por muitos pais.


O que esperar


De acordo com Adalberto de Almeida (PP), que foi o mentor do projeto, num primeiro momento, se o menor for pego em flagrante, terá que sair do local e, posteriormente, apresentar-se ao Conselho Tutelar. O estabelecimento será advertido e, no caso de reincidência, será multado e poderá ser interditado. Para poder circular livremente, os menores deverão ter sempre junto a autorização dos pais.
O projeto de lei, que delega a responsabilidade ao município de castrar animais para controlar a procriação, foi aprovado por unanimidade. A Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício financeiro de 2011 do município de Guaporé também foi aprovado.


Adalberto de Almeida, Gilmar José Treviso e Adílio Antônio Pasini (PP): apresentaram requerimento ao Executivo para que seja efetuada uma recuperação nas irregularidades do calçamento da Rua dos Imigrantes, bem como, a colocação do pó de brita.


Almeida: solicitou ao Executivo, que providencie a infraestrutura e colocação de brita no acesso à Cabana do Radiador, no Autódromo Internacional Nelson Luis Barro, tendo em vista a realização no próximo final de semana, do Campeonato Estadual de Marcas e Pilotos. Também solicitou ao presidente para que envie oficio ao Ministério Público, solicitando informações sobre a vinda do engenheiro de Tráfego para ajudar na segurança do trânsito de Guaporé por intermédio da Promotoria de Justiça e se há um posicionamento.


Veridiana: Disse estar preocupada com a fiscalização da lei que proíbe menores em bares sem a autorização dos pais, que deverá ser feita pela prefeitura. Acredita que o Conselho Tutelar tem um papel importante nesse processo, mas alertou para o consumo desenfreado de drogas lícitas, pois tem flagrado alunos ingerindo bebidas alcoólicas antes de entrarem na sala de aula, por volta das 7h. A legisladora também solicitou recapeamento do asfalto na Rua José Bonifácio.


Treviso: Acredita que será necessário o apoio da Polícia Civil e da Brigada Militar nas primeiras ações.


Nereu Tramontina (PMDB): Não engoliu a resposta que a Associação Hospitalar encaminhou para as suas questões. Tramontina queria saber de quanto é a dívida do Hospital e porque um paciente foi transferido para Dois Lajeados. O Hospital respondeu que não pode mensurar a quantia, e que o paciente foi transferido, pois só havia um aparelho de Raio-X para realizar o procedimento, sendo que seriam necessários dois. O vereador disse que as respostas não são verídicas.
Tramontina disse que a base asfáltica, feita pela Secretaria de Obras, no Autódromo, está completamente errada. Disse que, se as duas provas do Marcas & Pilotos, da Copa Fusca e da Fórmula 1.6, que seriam realizadas nesse final de semana, forem canceladas, ele vai pedir para o prefeito demitir toda Secretaria de Obras, pois não passam de uns incompetentes. O vereador foi além, dizendo que a Semana Farroupilha de Guaporé é uma vergonha e que o desfile de 7 de Setembro foi de uma pobreza humilhante. Também fez um comentário sobre uma carta encaminhada a Câmara por um juiz aposentado que esteve no município durante a Mostra Guaporé, dizendo que ficou encantado com a cidade porque viu muitos canteiros floridos e nenhum buraco nas ruas. "Nunca tivemos tantos buracos quanto agora", diz.


De Rocco: Criticou a prefeitura por dizer que não tem dinheiro para instalar uma nova parada de taxi em frente a rodoviária e lembrou que as novas paradas de ônibus são de acrílico, e que de nada adiantam nos dias de sol. Solicitou cadeiras de espera no Posto de Saúde do Centro Social Urbano e boca-de-lobo na esquina do Posto Zanini - Texaco, a fim de evitar acidentes no local. Também solicitou o balanço das contas do município referente ao primeiro semestre de 2010. Disse que gostaria que a imprensa falasse de todos os vereadores, não apenas de dois ou três.

 
Ademir Damo (PDT): Tem medo que o toque de recolher não vingue, pois se não for com o apoio da polícia, não vai dar em nada. Lembrou que há 15 anos, quando ele frequentava bailes e festas, todos respeitavam os brigadianos, mas, hoje, não mais. Na sua opinião, o secretário de Turismo Marcio Carpenedo deveria parar de gastar dinheiro com projetos e se espelhar na Semana Farroupilha de Anta Gorda, que está dando um baile na nossa. Lembrou que o caso "Natal Dourado" está sendo investigado pelo Ministério Público.


Pasini: Discursou por um longo período alegando estar ofendido com o desrespeito que a imprensa dá aos vereadores. Disse que não é osso para ficar na boca de qualquer cachorro e que se alguém acha que é capaz de fazer melhor, deveria concorrer na próxima eleição. Por fim, solicitou apoio da imprensa para divulgar a lei do toque de recolher, bem como informar a população sobre o andamento do projeto e a fiscalização.


Vitor Hugo Zardo (PP): Disse que a solução para a juventude de Guaporé está na educação, mas que talvez essa lei venha a calhar, já que muitos pais perderam o controle de seus filhos. Disse que as coisas estão saindo do controle, talvez por que no mundo de hoje tudo é muito rápido. Para ele, todos precisam se unir nessa luta, mesmo sabendo que esse projeto não será bem aceito por todos na sociedade. "Arda em quem arder", concluiu.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Moradores ameaçam fechar RSC 431



Em protesto contra assaltos e péssimas condições da via, Linha Colussi pretende trancar acesso a Bento


 
Após a onda de assaltos que apavorou motoristas que utilizam a RSC 431, entre Dois Lajeados e Bento Gonçalves, moradores da Linha Colussi procuraram a imprensa, ameaçando fechar a via para o tráfego de veículos caso as autoridades na tome alguma atitude. Diante de ações ousadas e seguidas de uma quadrilha, que não só abordava veículos, mas também realizava assaltos a residências, a polícia rodoviária de Bento Gonçalves intensificou as ações de fiscalização, realizando blitz, principalmente após as 20h30min.


Medo na estrada


A estrada de chão esburacada e estreita, principalmente na altura dos viadutos dos trilhos do trem, dos quilômetros 17 ao 20, foi o cenário escolhido por bandidos para implantar o terror entre os usuários da via. Armados e encapuzados, os assaltantes levavam desde dinheiro vivo, pertences de valor e celulares, até veículos dos que passavam pelo local. Inclusive, abordavam vários automóveis de uma só vez, provocando uma fila de espera para o assalto.
Os motoristas, entre o pânico e a revolta, contam que nos primeiros casos de assalto, foram recebidos pela polícia com pouco caso. “Ligávamos em Guaporé, nos diziam que a responsabilidade era de Bento. Ligávamos para Bento, mas não tinha como nos atender naquele momento. Ligávamos para a civil, nos diziam que era com a Polícia Rodoviária”, explica uma das vítimas, que prefere não se identificar.


Protesto


Os moradores das redondezas afirmam que houve descaso por parte das autoridades, que só resolveram tomar atitudes após dezenas de assaltos. Dora Pedrassani, moradora da Linha Colussi, explica a situação em que se encontram os moradores. “Estamos muito tristes, apavorados com a onda de assaltos. Isso acontece porque há muitos buracos e a estrada em péssimas condições, fazendo as pessoas reduzirem a velocidade. Em quinze dias, houve dois sequestros-relâmpago. Na semana retrasada, foram assaltados seis automóveis, um atrás do outro e dez casas foram assaltadas nas redondezas.
Aqui não tem policiamento, ninguém passa para dar uma olhada. Imaginem vocês, além da buraqueira, da poeira, agora os assaltos. Estamos apavorados, estamos pedindo socorro. Conversei com a polícia rodoviária, com o prefeito de Monte Belo do Sul, estamos buscando ajuda”, desabafa.
A comunidade chegou a se mobilizar para realizar um ato público, com fechamento da RSC 431. “Estamos conversando com as pessoas. Ou são tomadas atitudes urgentes para o final do asfaltamento e mais policiamento, ou fechamos de vez a estrada. Não tem essa de fechar só 20 minutos, vamos fechar mesmo. No momento em que precisamos, não recebemos ajuda. Estamos cansados. Vamos fechar mesmo”, ameaça Dora.

 
Polícia Rodoviária realiza ação


O major Ordeli Savedra, comandante do 3° Batalhão da Brigada Militar de Bento Gonçalves, afirma que a polícia rodoviária está tomando atitudes para acabar com o problema dos assaltos, e capturar os assaltantes. “Nós vamos iniciar algumas ações que possam prevenir esse tipo de ocorrência e, quem sabe, pegar em flagrante, prender, essas pessoas que estão tirando a ordem e o sossego de quem está transitando aí, principalmente no período da noite. O que a gente pode dizer para as pessoas neste momento, é que fiquem atentas, evitem viajar sozinhas e tomem cuidado ao trafegar à noite”, garante.
O major afirma que não há condições de se manter um policiamento ostensivo em tempo integral, mas que ações estão programadas, visando acabar com o problema registrado. Na última sexta feira, barreiras policiais foram montadas na região dos assaltos, abordando veículos e pessoas.


Eles são o Brasil de amanhã


Através da interpretação do Hino Nacional, alunos aprendem o significado do patriotismo

Com os olhos atentos a bandeira, posição de continência e ouvidos ansiosos, os alunos do Ensino Fundamental da Escola Municipal Drº Jairo Brum preparam-se para exercer a cidadania. Quando a poesia em forma de música - escrita pelo poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada em 1922 – começa a ser reproduzida no aparelho de som do educandário, todos, em sincronia, cantam a Pátria amada. “A Pátria somos nós. Quando você canta o Hino Nacional, está reverenciando as pessoas que estão ao seu lado. Esse fundamento, baseado em respeito ao próximo, é que ensinamos aos alunos”, observa a coordenadora do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e bibliotecária professora Helena Dalmagro Fedrigo.


Desenhando e aprendendo


Assim como as demais escolas do Brasil, a Drº Jairo Brum programou atividades alusivas a Semana da Pátria para trabalhar em sala de aula. Dentre os diversos projetos, está o de Helena, que visa desenvolvera interpretação do Hino Nacional. A cada frase, os estudantes desenham o que entenderam e como imaginam as cenas vivenciadas por Dom Pedro I, em 1822, ao proferir “independência ou morte” as margens do riacho do Ipiranga.
De acordo com a professora, o estudo da história do Brasil não fica limitado aos livros acadêmicos. Pelo contrário, a atualidade é levada para dentro da sala de aula e debatida com os alunos. “Eles discutem o presente. Eles traduzem o que sentem, o que vêem”, afirma a professora.


Desfile cívico

 
Para o desfile de 7 de setembro, na próxima terça-feira, a escola, sob a direção de Adriana Del Ré, está preparando apresentações relacionadas aos projetos “Boas maneiras: virtudes e atitudes”, “Escola família e comunidade pela educação” e “Liberdade, dedicação e criatividade. A África também será retratada. O país foi tema de estudos devido a realização da Copa do Mundo, em junho.
Hoje, a comunidade está convidada para participar do hasteamento da bandeira na Praça Vespasiano Corrêa, às 8h. O Arriamento, durante toda semana, acontece às 17h.


 
Fogo simbólico

 
Na terça-feira, dia 31, o Grupo de Escoteiro Nacê iniciou as comemorações alusivas a Semana da Pátria, com o acendimento da chama do fogo simbólico, com a realização do Fogo de Conselho na Praça Vespasiano Corrêa. Com o tema nacional: “Amazônia: Patrimônio do Povo Brasileiro”, estadual: “Apaes do Rio Grande do Sul: Conquistando Caminho para Ser e Conviver”, e municipal: “Escola Família e Comunidade na Caminhada Pela Educação”, escolas e entidades programaram suas apresentações.
Durante todos os dias, autoridades das mais diversas entidades do município, assim como estudantes das escolas municipais, estaduais e particular participam dos hasteamentos e arriamentos dos pavilhões, no largo central da praça. No domingo, dia 5 de setembro, uma missa na Igreja Matriz será realizada em homenagem à Pátria.


Programação


O ponto alto das atividades alusivas da Semana da Pátria em Guaporé será a Caminhada Cívica, que não pode ser realizada em 2009 devido o surto de Gripe H1N1. A caminhada será na avenida Silvio Sanson, entre a rua Salgado Filho até a rua Drº Luiz Augusto Puperi, por onde desfilarão 27 entidades. O palanque oficial será montado em frente à Prefeitura.
A Banda Municipal abrirá a Caminhada Cívica do dia 7 de Setembro. Após será a vez dos órgãos da Segurança Pública, escolas municipais, estaduais, institutos e entidades, entre outros. A passagem pela avenida será encerrada pelos representantes do Moto Clube Mosca Verde.
Os soldados do 6º Batalhão de Engenharia de Combate (BEC) de São Gabriel encerrarão os festejos. A Caminhada Cívida de Guaporé tem início às 14h30min.



Novas regras para uma vida mais justa



Novo Código de Obras sinaliza regras que construção civil deve obedecer nas novas obras



De repente as pernas não respondem mais. De uma hora para outra a vontade de levantar, escolher a roupa, caminhar em direção a porta sem chinelos, sentir o piso frio da cozinha e sair sem a ajuda de mais ninguém se torna impossível.
Aos 34 anos Cristian Cornélio é dependente da mãe. Aos 18 anos sofreu um grave acidente de carro que o deixou paraplégico, ceifando sonhos, destruindo a auto-estima, deixando-o isolado da sociedade que anda a passos largos, trilhada apenas por pessoas “inteiras”.
À custa de muita caridade vinda de amigos e de parentes, a família conseguiu adquirir uma cadeira de rodas motorizada que facilitou sua locomoção, mas não totalmente. Na época, Guaporé não estava preparada para um cadeirante. Passados 14 anos, pouca coisa mudou.


Armadilhas


Quando sai de casa, Cris depende de ruas pavimentadas, de calçadas uniformes, rampas bem planejadas e respeito dos cidadãos. “É muito difícil passear de cadeiras de rodas. Muitas vezes ando no meio da rua por que as calçadas são cheias de armadilhas”.
Com os olhos atentos, o cadeirante desvia dos buracos, dos cacos de vidro, mas fica a mercê de motoristas, que muitas vezes não sinalizam para que lado pretendem ir. “Fico sem saber o que fazer. Os motoristas não ligam o pisca. Já escapei de vários acidentes por pouco”, comenta.


Doce lembrança

 
Entrar numa padaria e tomar um café está só na lembrança. Deliciar-se com buffet de sorvete, só nas belas recordações. Ir ao clube com os amigos e olhar para as gurias enquanto toma uma cervejinha também ficou no passado. Poucos estabelecimentos comerciais possuem rampa. Apenas os “normais” tem acesso. “Queria levar uma vida normal. Sem precisar de ajuda para tudo. Quero independência, direito de ir e vir”, revela.


Cidade dos normais


Se por sorte Cris conseguir subir a rampa (a maioria é alta demais, inclinando a cadeira para trás), terá que enfrentar outro obstáculo: as portas.
Muitos edifícios e casa de décadas passadas não foram projetados para passar uma cadeira de rodas. “Tem lugares que são praticamente impossíveis de eu entrar”, diz.
Passear pelos caminhos da Praça Vespasiano Corrêa é possível, desde que limitado a andar sobre a brita fina, já que na grossa os pneus afundariam. Assistir uma sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Guaporé também não é possível. Não há rampa na casa do povo.
Cristian não é um caso isolado. Várias pessoas possuem algum tipo de necessidade física no município e as ruas tornam-se um perigo constante. As calçadas, residências, empresas e lojas sem rampas são uma forma de discriminação. Os cegos são alvos fáceis de calçadas esburacadas, placas de trânsito, paradas de ônibus e orelhões telefônicos.


Código de obras


No dia 20, os vereadores de Guaporé aprovaram o novo Código de Obras. Nele estão as novas regras que devem ser adotadas pela construção civil. As instruções foram elaboradas por uma equipe de arquitetos, engenheiros e membros da Secretaria de Obras. A partir deste mês, quem encaminhar um projeto para obter a liberação da prefeitura terá que obedecer às normas estipuladas. Confira algumas ligadas à acessibilidade.


Novas regras para a construção civil


Corredores, escadas e rampas

Art. 97

§ 1º: Se de uso privativo, os corredores, escadas e rampas têm largura mínima de um metro.

§ 2º Se de uso comum, os corredores, escadas e rampas têm largura mínima de 1,20 metros para um comprimento máximo de dez metros e cinco centímetros a mais para cada metro de comprimento excedente ou fração.

§ 3º Se de uso coletivo, os corredores, escadas e rampas têm largura mínima de 1,20 metros

 
Art. 100

I - Escadas de uso privativo

a) altura máxima do espelho do degrau - 18,5 centímetros

b) largura mínima do piso do degrau - 25 centímetros

 
II - Escadas de uso comum ou coletivo

a) altura máxima do espelho do degrau – 18 dezoito centímetros

b) largura mínima do piso do degrau - 27 centímetros

 
III - Inclinação máxima da rampa de uso privativo – 12%

As alturas dos espelhos das escadas a que se refere esse artigo não

podem ser inferiores a 15 centímetros
Art. 100

As escadas e rampas para pedestres em geral devem atender aos seguintes

Parâmetros:
I - Escadas de uso privativo

a) altura máxima do espelho do degrau – 18,5 centímetros

b) largura mínima do piso do degrau - 25mcentímetros
II - Escadas de uso comum ou coletivo

a) altura máxima do espelho do degrau - 18 centímetros

b) largura mínima do piso do degrau - 27 centímetros

III - Inclinação máxima da rampa de uso privativo - 12%

 
A construção de escadas e rampas de uso comum ou coletivo deve observar ainda:

I - Ser construída de material incombustível e ter o piso revestido de material antiderrapante

II - Ser dotada de corrimão, se possuir altura superior a um metro, sendo que escadas e

rampas com largura superior a três metros devem ser dotadas de corrimão intermediário;

III - Não pode ser dotada de lixeiras ou qualquer outro tipo de equipamento, bem como de tubulações que possibilitem a expansão de fogo ou fumaça

IV - O patamar de acesso ao pavimento deve estar no mesmo nível do piso da circulação

V - Os lances são preferencialmente retos, devendo existir patamares intermediários quando houver mudança de direção ou quando a escada precisar vencer altura superior a 2,80 metros

 
Passagens e Portas

 
Artigo 110

O dimensionamento das portas deverá obedecer a uma altura mínima de

2,10 metros e as seguintes larguras mínimas:

I - Porta de entrada principal - 90 centímetros 1,20 metro para habitações múltiplas com até quatro pavimentos e 1,50 metros quando com mais de quatro pavimentos

II - Portas principais de acesso a salas, gabinetes, dormitórios e cozinhas, oitenta e centímetros – 80 centímetros

III - Portas de serviço – 70 centímetros

IV - Portas internas secundárias em geral e portas de banheiros – 60 centímetros

V - Portas de estabelecimentos de diversões públicas deverão sempre abrir para o lado de fora.

O apenado não é do presídio. Ele é da sociedade’



Dirion Luiz Bitencurt Pedroso afirma que presídio projeta trabalho para 100% dos apenados



Considerado uma referência entre as casas prisionais do Rio Grande do Sul, o Presídio Estadual de Guaporé, juntamente com o Conselho da Comunidade, Poder Judiciário e Ministério Público das Comarcas de Guaporé e Casca, investem cada vez mais para a ressocialização dos apenados. Hoje, dos 125 presos, 70% desenvolvem a mão-de-obra prisional, seja em atividades oferecidas por empresas, ou através de trabalhos realizados dentro do presídio. A projeção do administrador Dirion Luiz Bitencurt Pedroso, é que nos próximos anos todos os apenados que quiserem se qualificar através de atividades ofertadas pelo empresariado guaporense e da região, terão essa oportunidade.


PAC

Para que 100% dos cidadãos que cumprem pena possam se ressocializar e ter uma profissão quando voltarem a sociedade, o administrador da Casa Prisional salienta que a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) - órgão responsável pela execução administrativa das penas privativas da liberdade e das medidas de segurança no Estado -, está desenvolvendo em parceria com as empresas o Protocolo de Ação Conjunta (PAC). “O PAC constitui-se de um acordo legal entre o Estado e uma determinada empresa a fim desta se instalar dentro das dependências da instituição, com o objetivo de produzir sua matéria prima com a mão-de-obra prisional. O protocolo pode ser firmado com qualquer empresa, seja para empregar 1,2,10 ou 20 apenados”, afirma o administrador.
Empresa livre de encargos


 
O preso é remunerado com no mínimo um salário vigente, e a empresa fica livre de todos os encargos. “Automaticamente, o empresário se livrará do pagamento dos encargos sociais (INSS, FGTS, Férias, 13º Salário), assim como ganhará o espaço físico para que os apenados produzam seus produtos, energia elétrica e água. Tudo isso são despesas que o empresário vai economizar. O empregador, hoje, tem somente a obrigação de pagar 75% do salário mínimo em vigor e 10% de toda a produção realizada no presídio, que irá para o Fundo Penitenciário.”


Apoio é necessário


O Presídio Estadual de Guaporé conta com cinco Protocolos de Ação Conjunta firmados com o empresariado, que acabam encaminhando atividades laborais para os apenados. Entre as empresas de Guaporé destacam-se o Zandei Plásticos, Pauta Branca, WTS Joias e a Panamericana Cadernos. Nessas empresas, os apenados do regime fechado, trabalham confeccionando bolsas, embalagem plásticas, joias, semi-joias e cadernos. Os PACs foram implantados no município a mais de três anos e nunca apresentaram problemas. A Europan Indústria e Comércio de Alimentos, de Rio Pardo, também tem firmado um protocolo com o Governo do Estado. A empresa envia ao presídio os pães consumidos dentro da casa prisional, que são preparados pelos próprios presos. “A meta é atingir os 100% de apenados trabalhando. Não é uma coisa impossível de acontecer. É um sonho que tem como ser conquistado. Para isso se tornar de fato real, peço o apoio nos empresários de Guaporé e região, para que busquem informações sobre o PAC aqui no presídio. O preso não vai trabalhar de graça. A comunidade e o empresário que investirem na mão-de-obra prisional, com certeza terão um retorno muito bom. Eu sempre friso e digo que o apenado não é do presídio. Ele é da sociedade”, destaca Pedroso.


 
O diferencial


O grande diferencial do Presídio Estadual de Guaporé é a parceria desenvolvida ao longo dos anos com o Conselho da Comunidade da Comarca e com os Poderes Judiciário e Ministério Público. Com a parceria foi possível construir um pavilhão anexo a estrutura carcerária, para que os apenados tivessem um local para o desenvolvimento das atividades laborais. Assim como, o desenvolvimento do projeto “Replantando Sonhos”, com o cultivo de hortaliças que servem de complemento alimentar para os próprios apenados e para as entidades assistenciais de Guaporé. Além disso, um novo anexo está sendo erguido para a implementação da Educação de Jovens e Adultos (EJA).


Informe-se

Para obter maiores informações sobre o Protocolo de Ação Conjunta (PAC) o empresário deve entrar em contato com o Presídio Estadual de Guaporé através do telefone (54) 3443.3466.





Sucesso de público e de negócios

Grande público surpreendeu até mesmo os mais otimistas. Volume de compras também animou


Corredores lotados. Mãos cheias de sacolas. No estacionamento, placas de toda a região serrana e a grande participação de visitantes da região de Porto Alegre. Estima-se que cerca de 10 mil pessoas estiveram em Guaporé entre os dias 6, 7 e 8 de agosto. “Conversei com lojistas, e eles afirmam que este sábado (dia 7) foi o melhor sábado em vendas das edições da Mostra”, afirma um sorridente Rodrigo Marin, membro da comissão organizadora do evento. “Falo sem medo de errar que, pelos corredores da Feira, circularam mais de 10 mil pessoas”, complementa o presidente Evandro Ghizzi.

Público aproveitou

Sem dúvida o clima agradável e o tempo seco colaboraram para o grande sucesso. Além disso, os produtos comercializados chamam atenção pela beleza e bons preços. “Encontrei conjuntos de lingerie lindos, cheios de detalhes, e com preços super em conta. Comprei presentes para a família inteira, e fiz um pequeno rancho pra mim mesma. Sempre venho à Guaporé”, afirma Solange Silveira, que com as amigas Carla e Sabrina, vieram de São Leopoldo à Guaporé, especialmente para a Mostra.
Os expositores também estão satisfeitos, e afirmam que o sábado, em matéria de vendas, foi ainda mais positivo que o domingo. O domingo registrou a visita de muitos guaporenses, que se não consumiram produtos na área de joias e lingerie, puderam comprar roupas, calçados, acessórios, flores, produtos agroindustriais ou simplesmente tomar um chopp na companhia de amigos, curtindo boa música com talentos locais e regionais.
O público registrado por pesquisa no estacionamento reuniu toda a região, além de cidades como Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Sarandi, São Leopoldo, Santa Cruz do Sul, Esteio, Porto Alegre, entre outras.

 
Governadora prestigia a Mostra

Abrilhantando e atraindo olhares da imprensa estadual, a governadora do Estado, Yeda Crusius, foi à ilustre visitante da Mostra Guaporé 2010. Com a agenda lotada, a governadora não pôde comparecer na solenidade de abertura, mas conseguiu um tempinho para visitar a cidade e o Centro Comercial Guaporé nas primeiras horas da tarde. Almoçou, juntamente com sua Comitiva no Clube União, visitou obras e se dirigiu ao Centro Comercial, onde conferiu os standes.
Em sua passagem pela feira, conferiu um clipe com um resumo das oito edições passadas, brindou com os organizadores desejando sucesso para 2010, e na sequência conversou com expositores e conferiu os produtos locais. “Quando a gente chega, a gente vê o capricho e o valor que a comunidade dá para este município. Guaporé é conhecida nacional e internacionalmente. Guaporé é polo da lingerie e da joia. E eu quero parabenizar os organizadores desta feira”, disse Yeda.
Questionada se pretende retornar em 2010, Yeda afirma querer participar também da Intimasul Fashion Fair. “Eu quero vir até na Intimasul, que eles também foram me convidar, e eu não pude vir. Que bom que eu pude vir na Mostra. Agora eu estou com o chapeuzinho de governadora, mas como governadora ou não, eu quero estar aqui como consumidora, no ano que vem”.


 
Solenidade de Abertura reuniu autoridades

 
A abertura da Mostra Guaporé reuniu autoridades, convidados, expositores, patrocinadores, imprensa e comunidade. Foi realizada às 18h da sexta-feira, dia 6 de agosto. Se pronunciaram, na ocasião, o presidente da Mostra Evandro Ghizzi, destacando a coragem dos organizadores de ousar, de trabalhar publicamente em busca de maior visibilidade para a cidade através deste grande evento, e o prefeito Antônio Carlos Spiller, que parabenizou a todos pelo empenho e dedicação de anos e anos, resultando no amadurecimento e sucesso da feira em 2010.
Após inauguração oficial da Mostra Guaporé, o “Vin d’Honneur” foi um momento de confraternização brindando com os vinhos locais pelo sucesso e prosperidade do evento.


Hoje tem mais

A Mostra Guaporé reabre hoje, encerrando a edição na noite do domingo. Além dos 130 expositores, os visitantes poderão conferir os desfiles no sábado e domingo, às 15h e às 17h, além de shows paralelos na praça de alimentação.


Dias: 13, 14 e 15 de agosto

Local: Centro Comercial Guaporé

Ingressos: R$ 5,00

Estacionamento: R$ 5,00

 
Horário de Visitação:

Sexta - das 10h às 22h

Sábado - das 10h às 22h

Domingo - das 10h às 21h


Programação Paralela

 
14/08

15h30min - Espaço Talentos à Mostra

18h - Especial Bee Gees Show com a banda Sunset Riders

15/08

15h30min - Espaço Talentos à Mostra

18h - Giovani & Ricardo e banda








quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Lançamentos e ótimos negócios

A Intimasul Fashion Fair - dias 21, 22 e 23 de julho - encerra hoje no Ginásio Scalabrini, contou com celebridades e atraiu compradores de atacado e varejo de todo o Brasil. A expectativa é de que os negócios tenham sido ampliados em 15% com relação a edição passada, porém, os números podem ser ainda mais positivos no decorrer dos meses, pois muitos contatos foram feitos, e podem se transformar em grandes vendas para os expositores.
A Intimasul contou com 25 marcas locais na área de confecções, com destaque para lingerie e fitness. Na passarela dos desfiles, as peças das novas coleções, que estarão nas lojas de todo o Brasil muito em breve.

O que é tendência

Entre as novidades que foram apresentadas estão as peças produzidas nas cores neon. O amarelo limão, o pink, o laranja e o azul já tomaram conta de esmaltes, blusas e calçados. Chegaram também ao underwear e a lingerie. As empresas também mostraram que apostam no jogo de cortes e cores, que vão desde os rosados até os vermelhos intensos. É o caso da empresária Neura Trevisol Gomes. Ela desenvolveu sua coleção explorando os matizes lilás, uva, vermelhos fechados e tons de cereja. “Colocamos muitas rendas bordadas e guipirs. São aplicações artesanais que dão um toque todo especial aos produtos”, diz a presidente da Intimasul Fashion Fair 2010. Neura revela que a sua coleção deseja vestir a mulher que quer ser diferente, com um produto bonito e adequado. “É a mulher dinâmica e que gosta do diferencial”, assinala.
Continuam com força nas próximas coleções o preto e o branco e entram as composições com cinza e nude. Na linha desenvolvida pela Novitá, a empresária Nelcidia Fontanive procura misturar as cores tradicionais com estampas modernas, como as de florais e animais. “As estampas com bichos permanecem na coleção, mas ganham outros tons como o azulado, rosado e roxo”, comenta.
Além de mais bonitas e em sintonia com o mercado, as lingeries também estão sendo produzidas para atender a todos os biotipos de consumidores. É o caso das linhas plus size. São mais de 70 modelos fabricados até o tamanho 52, incluindo artigos bastante sensuais como cinta-ligas, fios dental e espartilhos.


Feira movimentou a cidade

Hotéis lotados, comércio movimentado, muitos visitantes nos restaurantes, padarias, circulando pelas ruas, conferindo os pontos turísticos. Para se ter uma ideia, nos dias que antecederam a feira, mais de 400 pessoas realizaram o cadastramento. Além da forte presença dos estados do sul do País, também foram registradas as presenças de compradores de São Paulo e Rio de Janeiro.

Abertura


A solenidade de abertura aconteceu por volta das 16h de quarta-feira, dia 21, e contou com a presença e o pronunciamento de autoridades, entre elas o prefeito Antônio Carlos Spiller e a presidente da feira, Neura Gomes. O prefeito de Guaporé fez um belo discurso, afirmando que o empresariado do município é um povo trabalhador, com ideias criativas e isso se revela na forte economia, onde a moda íntima tem lugar de destaque.
A grande sensação do primeiro dia do evento foi a presença da celebridade Fernanda Vasconcellos, atriz e modelo de muitos anuncios publicitários, faz grande sucesso na Rede Globo, mostrando seu talento em novelas como Páginas da Vida, Desejo Proibido e, recentemente, na novela Tempos Modernos, como a personagem Nelinha.O público aguardava Sabrina Sato, mas a estrela cancelou de última hora.
Nos dias 22 e 23, estiveram em Guaporé Paulo Zulu e Danielle Souza. Na próxima semana, a cobertura completa dos três dias do evento, e o resultado oficial da Intimasul Fashion Fair, em termos de negócios.